TAURINA: prevenção e tratamento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos

Taurina na prevenção e tratamento de doenças neurológicas, neurodegenerativas e psiquiátricas

É um aminoácido semiessencial, o ácido 2-aminoetanossulfônico, contendo enxofre, que ocorre naturalmente no corpo humano, principalmente, no tecido muscular e nervoso. Produzida endogenamente, a partir da cisteína e metionina, no fígado, pela enzima cisteína dioxigenase ou cisteína sulfinato descarboxilase. Pode ser encontrada em frutos do mar e carnes; e, principalmente, pode ser suplementada.

MECANISMOS DE AÇÃO:

• neurotransmissor inibitório agonista dos receptores GABA e glicina;

• modulador da sinalização glutamatérgica, prevenindo estresse oxidativo e excitotoxicidade;

• estabilizador de membranas;

• efeito citoprotetor;

• efeito anti-inflamatório;

• regulador de íons Ca intracelular;

• regulador dos níveis de neurotransmissores;

• diminui hipertensão e hipercolesterolemia quando suplementada;

• diminui índice de massa corporal e marcadores inflamatórios em mulheres obesas;

• diminui lesão pelo estresse oxidativo na doença quando suplementada;

homeostase celular.

PAPEL TERAPÊUTICO NA DEPRESSÃO E ANSIEDADE

• previne a desregulação de hormônios e neurotransmissores;

• diminui absorção da sacarose;

• previne perda de memória;

• efeito protetor e melhora da sobrevivência celular;

• proliferação, maturação e diferenciação de células tronco neurais;

• efeito neuroprotetor contra depressão e perda de dendritos nos neurônios corticais;

• melhora via de BDNF e NMDA;

• papel na função comportamental.

PAPEL TERAPÊUTICO NO TCE

• nos estágios iniciais a taurina age na diminuição da atividade metabólica e do fluxo sanguíneo dentro do córtex cerebral, no acoplamento fluxo metalólico e regulação neurogênica;

• têm papel neuroprotetor, através de, mecanismos inibitórios diferenciados com potencial de diminuir risco de lesão traumática cerebral, como inibição da citotoxicidade, prevenção da apoptose e do estresse oxidativo, diminuição do edema e da inflamação.

PAPEL TERAPÊUTICO DA DISFUNÇÃO DA MEMÓRIA

• a taurina age como agente neuroprotetor contra o comprometimento da aprendizagem, da memória e das disfunções dos neurotransmissores;

• capaz de sustentar, estabilizar, promover as membranas celulares;

• propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que beneficiam diretamente às células, prevenindo à peroxidação lipídica, causada pelos radicais livres;

• papel neuroprotetor contra a excitotoxicidade induzida pelo glutamato;

• causa reversão do aumento da atividade de aminoácidos excitatórios no SNC; e, melhora da atividade dos receptores gaba e glicina;

• proteção da memória e aprendizagem, diminuindo a inflamação e o estresse oxidativo no hipocampo;

• melhora a função mitocondrial, assim, pode ser capaz de restaurar a plasticidade hipocampal.

ATUAÇÃO NA DOENÇA DE ALZHEIMER

• diminui formação de ca intracelular e de radicais livres;

• diminui atividade do complexo mitocondrial-1 e do complexo respiratório;

• aumenta NADH e inibe molécula catalisadora;

• efeitos neuroprotetores;

• melhora desempenho cognitivo e cognição;

• bloqueia efeitos neurotóxicos da beta amiloide nos neurôniios do hipocampo e corticais;

• protege contra danos induzidos pelo glutamato em neurônios centrais;

• restaura atividade da acetilcolinesterase;

• inativa a inflamação dependente da micróglia;

• ativa a via SIRT-1.

• previne a disfunção mitocondrial;

• supressão da autofagia prejudicada.

PAPEL PREVENTIVO E TERAPÊUTICO

NO AVC:

• neutraliza os efeitos do glutamato;

• causa inibição de radicais livres;

• aumenta a produção de ATP, energia;

• diminui edema cerebral;

• melhora a função neurológica.

NA DOENÇA DE PARKINSON:

• diminui neurodegeneração dopaminérgica;

• retarda a progressão da neurodegeneração;

• inibe a ativação da micróglia e a expressão de fatores pró-inflamatórios nela;

• inibe fatores envolvidos na manutenção da inflamação da micróglia.

ATUAÇÃO EM PATOLOGIAS DIVERSAS:

• NA ASMA: alivia sintomas e protege os pulmões do estresse oxidativo.

• NA NEUROPATIA DIABÉTICA: reverter a formação de radicais livres causada pelos altos níveis de glicose.

• NA EPILEPSIA: papel protetor na excitabilidade induzida pelo glutamato e auxilia na prevenção da despolarização neuronal. Suprime convulsões induzidas por estimulantes.

• DEGENERAÇÃO DA RETINA: diminui estresse oxidativo, tem papel antioxidante, desenvolvimento e manutenção, morfologia normais da retina.

• NO DIABETES: diminui níveis de insulina.

• NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: melhora função endotelial, inibe norepinefrina e angiotensina.

SUPLEMENTAÇÃO

A suplementação é uma forma segura como complemento ao tratamento de diversas condições neurológica e psiquiátricas. É bioindividual e personalizada de acordo com suas necessidades imediatas e a llongo prazo. A dosagem recomendada da taurina para prevenção e tratamento é específica para a patologia diagnosticada. É, portanto, uma intervenção eficaz, promissora e sem efeitos colaterais.

Uma avaliação clínica personalizada segundo a visão funcional integrativa é a maneira mais eficaz de estabelecer um tratamento que busca a homeostase ou equilíbrio dos sistemas corporais; e, controlar os mecanismos patológicos estabelecidos para o controle da progressão das doenças.

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